A voz surgiu no vento
Clamando ao infinito o amor
Gritando com sons de acalantos
Sob o silêncio da noite escura.
O Vento vestiu-se de branco
Passando por cima das águas
Voando pra longe e subindo
Ao encontro da eterna luz.
A lágrima caiu do olhar
Descendo e escorrendo sob a face
Escorregando sobre o colo perfumado
Chegando a desaguar no coração.
O amor surgiu do nada
Em meio a uns sentimentos estranhos
Que misturaram-se e formaram
o que o homem sempre buscou e nunca quis sentir.
E a vida começou a surgir
No interior do sem-fim
No infinito do além
Num olhar de uma criança.